17 de jan. de 2013

RESENHA: A menina que roubava livros - Markus Zusak

Fixa técnica:
Título Original: The Book Thief 
Autor: Markus Zusak 
I.S.B.N.: 978-85-98078-17-5 
Editora: Intrínseca 
Ano de Publicação: 2007 
Pequena resenha de uma grande história



   A Alemanha nazista, acontecimentos que de alguma maneira mudaram a vida de Liesel Meminger. Uma menina de quase 10 anos, luterana que fora levada pela mãe junto ao irmão mais novo Werner, que por um acontecimento, um destino ou quem sabe por uma mãozinha da morte não chegaria ao destino com a irmã. No caminho do lugar onde seu irmão foi enterrado a roubadora de livros se vê diante do seu primeiro furto... Um livro que sem perceber, o aprendiz de coveiro que estava ajudando ao mais velho deixara cair ali, em meio à neve, uma visão tida somente pela menina que o capturou sem pensar muito.  O titulo nada legível para Liesel, até porque a menina não sabia ler, talvez apenas conhecesse poucas letras como o “O”. Um livro preto, com letras prateadas. O título:  O manual do coveiro, o primeiro de muitos outros furtos que estariam por vir.

  Apesar de não saber ler Liesel guardou o primeiro livro como um pequeno tesouro ou talvez até como uma última lembrança de seu irmão Werner. Sua chegada a Rua Himel foi inicialmente conturbada, mas após o episódio de enrolar cigarros com seu papai Hans no banheiro, Liesel teve seu primeiro contato com a amizade. Ali na rua "céu" ela viveu os quatro melhores anos de sua vida. Ao lado de Rosa Hubermann, sua mãe adotiva rabugenta e palavreadora que chamava constantemente sua filha adotiva e meio mundo de "Saumensh" e "Saukerl",  respectivamente intitulado carinhosamente como Porco e porca imunda ou ainda "Coçadores de bunda" adotado também por Rudy Steiner seu melhor amigo feito após a bolada de neve que Rudy presenteou a Liesel nas “boas-vindas”após o primeiro de muitos jogos de futebol de Liesel na Rua Himel.

   Seu papai adotivo, Hans Hubermann que ensinara Liesel a ler e que dedicava seu tempo noturno a assegurar a Liesel de que ela não estaria sozinha em meio a seus pesadelos noturnos com seu irmão morto no trem a caminho para a Molching. Rudy como já fora citado seu melhor amigo que vivia pedindo beijos a ela como recompensa, beijos que Liesel sempre negava a ele. Ele foi para a ela um companheiro em tudo que ela fez, ou como escrito na orelha do livro: o namorado que Liesel nunca teria.  

   Max Vandenburg: um judeu, filho de Erik Vandenburg. O homem que salvou a vida de Hans em uma guerra e que lhe ensinou a tocar acordeão.   Hans em agradecimento fez uma promessa a viúva de Erik, sem saber que o mesmo tinha um filho pequeno e que ainda assim morreu em seu lugar. Em um agradecimento que não taparia buraco algum naquele momento, Hans entregou-lhe um pequeno pedaço de papel onde estava anotado seu endereço no bairro pobre de Molching na rua himel, n° 33. Dizendo-lhe que poderia contar com ele quando precisasse e também poderia pintar a casa gratuitamente. Sem saber que anos mais tarde Max Vandenburg no auge da perseguição alemã hitlerista o procuraria buscando a própria proteção e sobrevivência. Dali em diante, Max ocuparia o porão raso da casa dos Hubermann e faria uma nova e pequena amiga moradora da casa. Em Max, Liesel encontrava algo em comum, os pesadelos noturnos. Um elo entre Liesel e Max foi criado ali, naquele mesmo porão em que ela aprendera a ler a algum tempo atrás com seu papai.

  Um lutador judeu e também um escritor e sua inspiração: Sua sacudidora de palavras, Liesel Meminger. Max dedicou seus dias no porão da casa a escrever e ilustrar páginas pintadas de branco com as grandes reservas de tinta existentes no porão. A vítima: O livro "Mein Kamplif = Minha luta" De Adolf Hitler, que de alguma forma lhe salvara a vida. Max era para Liesel como um irmão mais velho que não tiveram.

A mulher do prefeito e também freguesa de sua mãe Rosa até um certo tempo. Ilsa Hermann instigava a maior de todas as paixões de Liesel, a leitura. Apresentou a ela a biblioteca da casa, que a menina pensou por um bom tempo ser do seu marido. Mas que tempos depois foi descobrir que pertencia a ela. Ilsa, um dia visitou Liesel na pequena casa da família e lhe presenteou com um livro preto em branco, o livro em que a própria roubadora de livros escreveria sua historia. Dias e noites escrevendo e cochilando no porão que de repente chegaria a arrancar bruscamente o que ela tinha, não tanto materialmente, mas sim sentimentalmente.  Por um descuido de Liesel, a morte então capturou o livrinho que depois de um apelido dado por seu melhor amigo Rudy Steiner (um apelido melhor que o de Rosa, sua mamãe adotiva) Roubadora de livros. Liesel, 
intitulou seu livro por: A menina que roubava livros, uma pequena história de Liesel Mieminger.  

  O restante e fundo conteúdo contido nas quase 500 páginas de "A menina que roubava livros" aguarda você. Uma história contada por uma personagem ilustre, ninguém mais e ninguém menos que a morte. Sim, a morte. A narradora que por um descuido de Liesel em meio a acontecimentos trágicos, capturou o livro escrito por Liesel. E traduziu as vivencias de Liesel, e seus encontros ilesos com ela.

Opinião sobre o livro:
A história de Makus Zusak, me fez enxergar que a menina que roubava livros é definitivamente a história mais bonita de todos os livros que passou pelas minhas mãos. E nada melhor do que começar assim, transmitindo a história que mais me prendeu e que sem dúvidas aprisiou também muitos. A menina que roubava livros é um best-seller e o autor Markus Zusak tem uma pegada diferente para a escrita... a maneira como ele descreve fatos e coisas é diferente e inspiradora. Aumenta a fome de percorrer as páginas.  Recomendo a leitura!

Já leu, ou tem vontade de ler? Comente!

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